Fim de festa

Mundial da África do Sul terminou com festa espanhola.

Chegou ao fim o maior evento esportivo do planeta, realizado neste ano pela primeira vez no continente africano. Uma ótima Copa, a melhor que eu já assisti (considerando que acompanhei antes apenas as de 2002 e 2006). A estrutura, pelo que vi por imagens e relatos, me pareceu ser boa, mostrando que a África também pode sediar grandes eventos.

Numa Copa marcada pelos graves erros de arbitragem, tivemos como principais personagens extra-campos as barulhentas vuvuzelas, o polvo vidente Paul, a modelo paraguaia Larissa Riquelme e o cantor Mick Jagger, o "pé-frio" da competição.

No campo, a Copa de 2010 teve pela primeira vez na história a seleção da casa sendo eliminada na primeira fase. O Mundial da África do Sul também teve apenas uma seleção terminando invicta, a Nova Zelândia, acredite se quiser, que empatou nos três jogos da fase inicial.

Como sempre, a Copa também reservou suas decepções e surpresas.

Decepções

Das seleções campeãs mundiais, Itália, França e Inglaterra foram as grandes decepções, todas jogando um futebol ridículo e sendo eliminadas precocemente.

Entre os jogadores, os 10 que mais me decepcionaram foram o português Cristiano Ronaldo, o brasileiro Kaká, os ingleses Rooney e Lampard, o espanhol Fernando Torres, o holandês Van Persie, os franceses Ribéry e Gourcuff, o italiano Cannavaro e o sérvio Vidic. Não necessariamente nessa ordem.

Copa América nas semifinais? Não foi dessa vez.

Após as oitavas de final, muitos imaginavam que teriamos uma Copa América nas semifinais, mas o que se viu foi mais uma vez um domínio europeu, repetindo 2006. Nas quartas, Brasil, Argentina e Paraguai caíram fora.

Alemanha e Uruguai foram as seleções campeãs que restaram. Entretanto, alemães e uruguaios não foram páreos para espanhóis e holandeses, que na final, buscariam o primeiro título mundial. No fim, a Espanha levou o seu primeiro título e a Holanda, o tri-vice.

Surpresas

Alemanha e Uruguai foram as seleções que mais me surpreenderam. Os alemães tem tradição, jogaram um bom futebol nas Eliminatórias, mas chegaram na África sem alguns jogadores lesionados, entre eles o capitão Ballack. Mas com um futebol bonito de se ver, a Nationalelf conseguiu chegar em terceiro. Já os uruguaios foram os últimos a se classificarem para a Copa, mas com Forlán inspirado e com muita raça, conseguiram recolocar o primeiro campeão mundial novamente no mapa do futebol. Outras seleções que também surpreenderam foram Gana e Paraguai, que chegaram às quartas de final pela primeira vez na história das Copas.

MINHA SELEÇÃO DA COPA (4-1-3-2):

------------------ Casillas -----------------------

Lahm --- Mertesacker - Juan --- Fábio Coentrão

--------------- Schweinsteiger ------------------

----- Iniesta ------- Sneijder ------- Müller -----

------------ Forlán ---------- Villa --------------

 
Técnico: Joachim Löw.

Bola de Ouro: Forlán.
Bola de Prata: Villa.
Bola de Bronze: Schweinsteiger.

Revelação: Müller.

E que chegue logo, 2014!

Chegou a vez da Fúria!

Casillas ergue a taça Fifa.

Deu Espanha na final das "virgens" realizada no Soccer City, em Joanesburgo. Com um gol de Iniesta aos 10 minutos do segundo tempo da prorrogação, a Roja bateu a Holanda e conquistou seu primeiro título mundial em sua primeira final de Copa. Duas vezes campeã da Europa (em 1964 e 2008), a Fúria é a oitava seleção a entrar no ciclo dos campeões mundiais. A Holanda, por sua vez, segue sem conquistar a Copa. Vice em 1974 e 1978, a Laranja ficou mais uma fez no quase, após vencer todos os jogos das Eliminatórias e da Copa até então.

Durante o tempo normal, o que se viu foi um jogo extremamente pegado e consequentemente, violento, com 13 cartões amarelos, sendo que o árbitro inglês Howard Webb - que foi muito mal - poderia ter aplicado mais. A Espanha, como de praxe, controlou o jogo. Porém, deixou espaços e a Holanda quase chegou ao gol no contra-ataque, mas Robben parou em Casillas no lance mais importante durante os 90 minutos.

Iniesta chuta para marcar o gol do título.

Chegou a prorrogação e cansada, a Holanda ainda ficou com um a menos quando o zagueiro Heitinga levou o segundo cartão amarelo. Pouco depois, o gol do título. Torres cruzou para Iniesta, mas Van der Vaart cortou, na sobra, Fábregas dominou e mandou novamente para Iniesta, que livre, encheu o pé e saiu pra comemorar. Na comemoração, ele mostrou uma camisa em homenagem a seu amigo Dani Jarque, jogador do Espanyol que faleceu no ano passado aos 26 anos.

Título merecido da Espanha, a seleção que jogou o melhor futebol dos últimos quatro anos, que tem o melhor conjunto de jogadores da atualidade, com craques como Xavi, Iniesta e Villa e outros grandes jogadores como Casillas, Piqué e Torres (apesar da péssima fase). Também não podemos nos esquecer dos voluntariosos Sergio Ramos, Puyol e Xabi Alonso e dos garotos Pedro Rodríguez e Busquets.

Um time que joga um futebol de muito toque de bola, mas que se mostrou ser eficiente, ao vencer todos os jogos do mata-mata por 1 a 0. Nos últimos quatro anos, La Roja conquistou a Eurocopa, deu show nas Eliminatórias, embora tenha decepcionado na Copa das Confederações e na estreia do Mundial. O técnico Vicente del Bosque também merece ser elogiado, assim como Luís Aragónes, comandante da Fúria no título europeu. Quanto a 2014, a Espanha deve vir ao Brasil ainda forte. A geração é boa. Piqué, Busquets e Pedro são apenas alguns exemplos.

A Holanda também tem uma boa base para os próximos anos. Se na década de 70 a Laranja Mecânica revolucionou o futebol, desta vez jogou um futebol de resultado, que no entanto, não deu certo na final, quando a seleção decidiu partir para a violência. De qualquer forma, a equipe comandada por Bert van Marwijk fez uma ótima Copa. Mas é triste ver uma seleção como a holandesa, que já teve dezenas de craques, sem nenhum título mundial.

Holanda: Stekelenburg, Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst (Braafheid); Van Bommel, De Jong (Van der Vaart), Sneijder, Kuyt (Elia) e Robben; Van Persie.

Espanha: Casillas, Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Xabi Alonso (Fabregas), Busquets, Xavi e Iniesta; Villa (Torres) e Pedro (Jesus Navas).

O terceiro lugar é novamente da Alemanha

Assim como em 2006, alemães festejam o bronze.

Um jogo que sempre nos reserva bom futebol. Esta é a disputa do terceiro lugar, uma partida onde as equipes jogam sem nenhum compromisso. Neste sábado, as medalhas de bronze seriam mais importantes para o Uruguai, mas só que foi a Alemanha quem levou elas pela segunda vez consecutiva, ao vencer por 3 a 2, em um jogo de duas viradas.

A Alemanha, que começou sem quatro titulares machucados (Neuer, Lahm, Podolski e Klose), abriu o placar aos 18 minutos. Schweinsteiger chutou de fora da área, o goleiro Muslera não segurou e Müller, um dos artilheiros da Copa com cinco tentos, aproveitou o rebote. Dez minutos depois, o mesmo Schweinsteiger vacilou no meio-campo e foi desarmado por Pérez. Na sequência, Suárez rolou para Cavani empatar.

Logo no início da etapa final, Arévalo cruzou para o craque Forlán pegar de primeira e fazer um golaço. Era a virada uruguaia. No entanto, Jansen, de cabeça, empatou a partida logo depois, aproveitando mais uma falha de Muslera. O último gol da partida foi anotado por Khedira, de cabeça, aos 38 minutos. Um gol merecido deste volante que fez uma ótima Copa, substituindo à altura o capitão Ballack. No último lance da partida, Forlán quase empatou a partida novamente, mas os deuses do futebol não permitiram o sexto gol do atacante na Copa na cobrança de falta, fazendo com que a bola explodisse no travessão.

Os dois times se despedem do Mundial como vencedores. Pelo lado da Nationalelf, o técnico Joachim Löw conseguiu montar um time muito rápido, jovem e encantador, com destaque para os meias Khedira, Schweinsteiger, Müller e Özil. O torcedor alemão pode esperar um time ainda mais forte em 2014. E o Klose, hein? Sentiu dor nas costas e não participou da partida deste sábado. Portanto, Ronaldo segue sendo o maior artilheiro da história das Copas. Mas o Fenômeno tem que se preocupar com outro alemão. Thomas Müller tem apenas 20 anos e já anotou cinco gols este ano.

Para a Celeste, o quarto lugar pode ser considerado um título. O Uruguai passou muito tempo sem resultados expressivos, mas com essa campanha, recoloca-se no mapa do futebol mundial. Classificada na bacia das almas, a melhor seleção sul-americana na Copa tem que agradecer muito essa colocação a Diego Forlán, que vive o melhor momento de sua carreira. Jogadores como Suárez (o heroi das quartas de final), Fucile, Lugano, Godín e Pérez também merecem citação. Assim como a Alemanha, o Uruguai também tem uma boa base para 2014.

Uruguai: Muslera, Fucile, Lugano, Godín e Cáceres; Pérez (Gargano), Arévalo e Maxi Pereira; Forlán, Suárez e Cavani (Loco Abreu).

Alemanha: Butt, Boateng, Mertesacker, Friedrich e Aogo; Khedira, Schweinsteiger, Müller, Özil (Tasci) e Jansen (Kroos); Cacau (Kiessling).

Espanha domina Alemanha e também vai à final

Puyol, de cabeça, garantiu a Fúria pela primeira vez na decisão.

Uma verdadeira aula de futebol da Espanha na quarta-feira em Durban. Contra a Alemanha, a Fúria não deu espaços para o forte contra-ataque da Nationalelf e soube administrar a partida, conquistando a vitória por 1 a 0, gol de cabeça de Puyol após cobrança de escanteio na segunda etapa. La Roja poderia até ter ampliado, mas Pedro "pipocou" e perdeu uma ótima oportunidade.

Uma vitória merecida deste timaço da Espanha, campeão da Eurocopa, mas que decepcionou na Copa das Confederações e na estreia desta Copa, fazendo com que muita gente chamasse a Fúria de amarelona mais uma vez. Após a derrota para a Suíça, não deixei de considerá-los favoritos (como podem conferir aqui), até porque o time é muito forte e se for campeão, será merecido por tudo o que fez nos últimos quatro anos. Porém, a Holanda também é um time que merece o título. Será uma final espetacular.

Mesmo com o gol perdido no fim da partida, Pedro mereceu ser titular no lugar de Torres. Na decisão contra a Holanda, onde teremos um oitavo campeão mundial, Villa terá que aparecer mais do que no duelo desta quarta. É o grande nome da Espanha na Copa. Os craques do meio-campo, Xavi e Iniesta, também podem ser decisivos. A defesa da Espanha também merece ser citada, não deixou a Alemanha atacar.

Já a Alemanha sentiu a falta de Müller. O meia-atacante do Bayern de Munique dava mais velocidade a equipe do que Trochowski. Schweinsteiger teve que atuar mais na defesa e não conseguiu atacar como nas goleadas em cima de Inglaterra e Argentina. Özil e Podoski, muito marcados, não conseguiram ajudar Klose a empatar o recorde de Ronaldo. De qualquer modo, a Nationalelf se despede da Copa de parabéns, um time que poucos esperavam algo, mas que calou a boca de muita gente e fez grandes apresentações. É favorita contra o Uruguai e deve levar o terceiro lugar, merecidamente. O time já está pronto para a Copa de 2014, tem uma geração fantástica e com certeza estará na briga pelo tetracampeonato.

Alemanha: Neuer, Lahm, Friedrich, Mertesacker e Boateng (Jansen); Schweinsteiger, Khedira (Mario Gomez), Trochowski (Kroos), Özil e Podolski; Klose.

Espanha: Casillas, Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso (Marchena), Iniesta, Xavi e Pedro (David Silva); Villa (Torres).

Holanda está na final da Copa

Laranja Mecânica volta a decisão após 32 anos.

Eficiente, a Holanda está classificada para a final da Copa do Mundo de 2010. Na Cidade do Cabo, a Laranja fez um grande jogo com o Uruguai e com a vitória por 3 a 2, voltará a disputar uma decisão de Mundial após 32 anos, quando foi vice na Argentina. Quatro anos antes, na Alemanha, a equipe de Cruyff e cia também perdeu a decisão. E agora, com um jeito diferente de se jogar, será que o título vem?

Na partida desta terça, a Holanda começou melhor, mas não conseguia chegar com perigo, já que Robben estava muito bem marcado e Van Persie vive péssima fase. Se dentro da área as coisas não estavam fluindo, o lateral Van Bronckhorst teve que arriscar de longe para abrir o placar. Golaço! Porém, o Uruguai conseguiu o empate ainda antes do intervalo, com o craque Forlán, também de fora da área, aproveitando a falha do bom goleiro Stekelenburg.

Na volta para segunda etapa, o técnico Bert Van Marwijk arriscou: colocou Van der Vaart no lugar De Zeeuw, deixando apenas Van Bommel na proteção da zaga. O jogo melhorou, as duas equipes partiram para cima. Mas quem marcou foi a Holanda. Sneijder chutou, a bola desviou em Maxi Pereira e entrou. Porém, Van Persie, que estava levemente impedido, participou do lance, deixando o lance irregular. O assistente nada marcou e Sneijder marcou seu quinto gol na Copa, dividindo agora a artilharia da competição com Villa. Logo depois, Kuyt cruzou e Robben marcou de cabeça o terceiro gol holandês. Quando todos achavam que o jogo já estava decidido, Maxi Pereira descontou nos acréscimos e ainda deu alguma esperança para os uruguaios, mas não deu, o sonho do tricampeonato acabou.

O Uruguai cai de pé, foi a última seleção a se classificar para Copa (derrotou a Costa Rica na repescagem) e que mesmo com os desfalques de Suárez e Lugano, jogou muito contra a favorita Holanda e voltou a disputar uma semifinal após 40 anos. O futebol uruguaio renasce. Espero que não desapareça de novo, porque uma seleção tão tradicional como esta não pode ficar tanto tempo ausente das fases decisivas das Copas. E que jogador é o Forlán, hein? Sem dúvidas estará na minha seleção dos melhores da Copa.

Já a Holanda segue firme em busca do seu primeiro título na história. 100% nas Eliminatórias e na Copa, a Laranja deu alguns descuidos hoje que numa final contra Alemanha ou Espanha podem ser fatais. Mas e agora, teremos a repetição da final de 74, quando deu Alemanha? Ou teremos um novo campeão? Amanhã a resposta.

Uruguai: Muslera, Maxi Pereira, Godín, Victorino e Martín Cáceres; Perez, Arévalo, Gargano e Álvaro Pereira (Loco Abreu); Forlán (Sebastián Fernández) e Cavani.

Holanda: Stekelenburg, Boulahrouz, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Zeeuw (Van der Vaart), Robben (Elia), Sneijder e Kuyt; Van Persie.

Palpites para as semifinais da Copa

É, a Copa já está acabando. Das 32 seleções que iniciaram a competição, apenas quatro seguem em busca do título. Daqui a pouco começam as semifinais e deixo agora meus palpites para os dois jogaços.

Uruguai x Holanda (Terça-feira, 15h30, Cidade do Cabo)
O bicampeão mundial Uruguai não tem nada a perder, já faz uma campanha sensacional, muito acima das expectativas. A Celeste tem os desfalques de Suárez e Lugano, mas tem Forlán, o "dono" do time, que pode decidir mais uma vez. Entretanto, a Holanda de Sneijder e Robben é favorita a voltar a uma final após 32 anos, quando foi bi-vice em 74 e 78. Aposto na Laranja.
Palpite: Holanda 2-0 Uruguai.

Alemanha x Espanha (Quarta-feira, 15h30, Durban)

Espanha conquistou a Euro 2008 ao vencer a Alemanha. Revanche a vista?

Na repetição da final da Eurocopa de 2008, a Alemanha busca a revanche. A Espanha tem jogadores como Xavi, Iniesta e Villa, mas não vem tendo grandes atuações no Mundial. Por outro lado, a Alemanha tem jogadores de menor fama, como Schweinsteiger e Özil, mas é a seleção que vem jogando o melhor futebol da Copa, sem contar as goleadas em cima de Argentina e Inglaterra. Porém, a Nationalelf terá desfalque. Müller está suspenso e pode fazer falta. Mesmo assim, aposto minhas fichas na sempre copeira Alemanha.
Palpite: Alemanha 3-1 Espanha.

Lembrando que acertei três desses quatro semifinalistas, como podem conferir aqui.

Alemanha goleia de novo e elimina a Argentina

Enquanto Messi termina a Copa sem gols, Klose marca dois e fica perto de quebrar recorde.

Após golear a Inglaterra por 4 a 1, a Alemanha deu show novamente, meteu 4 a 0 na Argentina e se classificou para as semifinais, neste sábado, na Cidade do Cabo. Os germâncos saíram na frente logo aos dois minutos, Schweinsteiger cobrou falta, Müller se antecipou e desviou de cabeça pro fundo do gol. Buscando o empate, a Argentina não conseguiu chegar com perigo e ainda quase tomou o segundo, mas Klose isolou.

Explorando o péssimo lado direito da defesa argentina, a Alemanha garantiu a goleada com facilidade. Autor do primeiro gol, Müller, mesmo caído, rolou para Podolski, que avançou e rolou para Klose ampliar. Logo depois, Schweinsteiger fez fila e rolou para o zagueiro Friedrich anotar o terceiro. O quarto tento saiu no contra-ataque. Após passe de Özil, Klose fechou a conta. Foi o segundo gol dele no jogo, o quarto na Copa e o 14º na história dos Mundiais. O recorde pertence a Ronaldo, com 15 gols. Lembrando que Klose ainda disputará duas partidas nesta Copa, a semifinal e a final (ou decisão do terceiro lugar).

A Alemanha, do ótimo técnico Joachim Löw, joga um futebol de campeã. Do goleiro ao centro-avante, todos estão jogando bem. Destaque para Schweinsteiger, que se transformou num ótimo volante e comanda o meio-campo alemão. Contra a Espanha, a Nationalelf tentará se vingar da decisão da última Eurocopa, quando perdeu para a Fúria por 1 a 0. Müller levou o segundo cartão amarelo e desfalcará a Alemanha neste confronto.

Já a Argentina se despede sabendo que se tivesse uma defesa mais forte, não tomaria esse chocolate. Zanetti e Cambiasso fizeram muita falta e Maradona deve estar arrependido em não convocá-los. Muitos afirmam que Messi fez uma Copa ruim. Discordo, ele foi o grande jogador da Argentina na Copa, embora não tenha marcado um gol se quer. Uma coisa é jogar com Xavi e Iniesta como ele joga no Barcelona, outra é jogar com Maxi Rodríguez e Di Maria. Falando em Di Maria, o Real Madrid fez um péssimo negócio ao contratá-lo.

Argentina: Romero, Otamendi (Pastore), Demichelis, Burdisso e Heinze; Mascherano, Maxi Rodríguez e Di Maria (Agüero); Messi, Tevez e Higuaín.

Alemanha: Neuer, Lahm, Mertesacker, Friedrich e Boateng (Jansen); Khedira (Kroos), Schweinsteiger, Özil e Müller (Trochowski); Podolski e Klose.

Espanha sofre, mas derrota o Paraguai

Sempre ele! Villa marca o gol da classificação e assume artilharia.

De vitória em vitória a Espanha vai chegando. Mais uma vez a Fúria não apresentou um bom futebol, porém derrotou o Paraguai por 1 a 0 e já está nas semifinais, mandando pro espaço a sua fama de "amarelona". No Ellis Park, em Joanesburgo, os guaranis foram melhores no primeiro tempo e poderiam ir para o intervalo vencendo.

A segunda etapa foi emocionante. Aos 13 minutos, Cardozo foi derrubado por Piqué na área, pênalti. Na cobrança, o mesmo Cardozo (artilheiro do último Campeonato Português e da Liga Europa) parou no goleiro Casillas, que embora não seja mais o mesmo de anos atrás, ainda é um goleiraço. Logo depois, outro pênalti, agora para a Espanha (inexistente, na minha opinião), de Alcaráz em cima de Villa. Xabi Alonso cobrou e marcou. Entretanto, o péssimo árbitro Carlos Batres, da Guatemala, alegou invasão e mandou repetir a cobrança. Na segunda vez, Villar defendeu e manteve o 0 a 0. Detalhe: após a defesa, o goleiro paraguaio cometeu pênalti em cima de Fábregas, mas o juíz não assinalou.

Falando em Fábregas, ele entrou no lugar de Torres na segunda etapa, fazendo com que a Espanha melhorasse muito na partida. O gol da classificação espanhola saiu apenas aos 38 minutos, e foi um gol chorado. Iniesta fez boa jogada pelo meio e passou para Pedro, a revelação do Barcelona arrematou na trave, no rebote a bola sobrou para ele, David Villa, rolar pro fundo do gol. Para aumentar a dramaticidade, a bola ainda pegou nas duas traves antes de entrar. Villa é agora o artilheiro isolado da Copa com cinco gols.

Para quem esperava uma Copa América nas semifinais, o que vai se ver é uma Eurocopa com a participação do Uruguai. Espanha e Alemanha é um duelo que promete bastante. Como falei mas acima, é a repetição da final da última Eurocopa. A Alemanha, pelo que vem jogando, possui um pouco de favoritismo. Mas se Vicente Del Bosque tirar Torres do time titular, como fez na segunda etapa, a Espanha equilibra as chances.

Chegar nas quartas de final foi um título para o Paraguai. Gerardo Martino armou um time competitivo, que embora tenha marcado apenas três gols, sofreu somente dois.

Paraguai: Villar; Verón, Da Silva, Alcaráz e Morel Rodriguez; Victor Cáceres (Barrios), Santana, Barreto (Vera) e Riveros; Cardozo e Valdez (Santa Cruz).

Espanha: Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol (Marchena) e Capdevilla; Xabi Alonso (Pedro), Busquets, Xavi e Iniesta; Villa e Torres (Fabregas).

Não deu! Holanda vira e elimina o Brasil

Sneijder marca de cabeça e deixa o sonho do hexa para 2014.

Fim de Copa para o Brasil. Em Porto Elizabeth, a seleção canarinho saiu na frente, mas se descontrolou na segunda etapa e permitiu a virada da Holanda por 2 a 1, resultado que colocou a Laranja Mecânica nas semifinais da Copa pela quarta vez na história. Esta também foi a quarta vez que o Brasil caiu nas quartas de final, repetindo o feito de 1954, 1986 e 2006.

O Brasil fez um ótimo primeiro tempo e abriu o placar logo aos 10 minutos com Robinho, após belo lançamento de Felipe Melo (!). Se no primeiro tempo o Brasil conseguiu marcar Robben e Sneijder e ainda chegar com perigo ao ataque, no segundo o que se viu foi uma atuação desastrosa. O gol contra de Felipe Melo, com colaboração de Júlio César (!), após cruzamento de Sneijder, abalou a seleção brasileira. A virada holandesa era questão de tempo e após cobrança de escanteio, Kuyt desviou e Sneijder, livre de marcação, tocou de cabeça. E quando a melhor defesa do mundo falha, é porque não era o dia.

Para completar, o descontrolado Felipe Melo pisou em cima de Robben e levou o tão esperado cartão vermelho. Precisando empatar, Dunga tirou Luís Fabiano e colocou Nilmar, substituição ridícula e sem efeito algum. Faltou opções no banco de reservas e aí está o grande erro de Dunga nesta Copa, convocar jogadores como Kléberson e Júlio Baptista, sabendo que eles não ajudariam em nada.

Antes de falar sobre o trabalho de Dunga a frente da seleção, não podemos desmerecer a Holanda, uma seleção favorita ao título, que tem craques como Robben e Sneijder e que soube aproveitar muito bem os erros do Brasil. A Laranja deixou de lado aquele futebol encantador para conquistar seu primeiro título mundial, embora ainda tenha uma defesa fraca e mostrou isso mais uma vez hoje.

Agora falando sobre Dunga. Ele termina seu ciclo na seleção brasileira com acertos e erros. Como ele mesmo diz, hoje os jogadores tem comprometimento com a seleção. Os resultados pré-Copa foram ótimos (títulos da Copa América e Copa das Confederações e líder das Eliminatórias, além de boas vitórias em amistosos). Porém, o Brasil de Dunga fugiu do estilo brasileiro de jogar. O que se viu nos últimos quatro anos foi um time sólido na defesa, forte na marcação e também forte no contra-ataque. Nesta sexta, o Brasil teve falhas na defesa, deixou a Holanda jogar e o ataque esteve apagado. Precisando vencer, Dunga não tinha opções no banco. Aí está o grande erro do treinador em sua passagem pela seleção, a convocação para a Copa. Preferiu manter jogadores que ele confiava ao invés de convocar jogadores que estavam em melhor momento. Resultado: eliminação nas quartas de final, fazendo uma campanha muito parecida com a de Parreira em 2006. Faltou achar um meio termo entre as duas Copas, desta vez Dunga fechou o time e não deu oportunidade para novos jogadores e em 2006 foi aquela bagunça, com jogadores velhos, acima do peso, etc.

Quanto ao desempenho dos jogadores nesta Copa, se salvaram Júlio César (embora tenha falhado contra a Holanda), Maicon, Lúcio, Juan, Gilberto Silva e Ramires. Kaká e Luís Fabiano foram as grandes decepções. Elano (que atuou apenas nos dois primeiros jogos), Daniel Alves e Robinho não foram mal, mas poderiam jogar mais. Michel Bastos (fora da sua posição) e Felipe Melo, como esperado, não jogaram bem.

Quem sabe em 2014, com um novo treinador e com novos jogadores e com a Copa sendo realizada aqui, o tão sonhado hexa não venha. Particulamente, gostaria de ver Felipão treinando novamente a seleção. Leonardo também é um bom nome.

Holanda: Stekelenburg, Van der Wiel, Heitinga, Ooijer e Van Bronckhorst; De Jong, Van Bommel e Sneijder, Robben e Kuyt; Van Persie (Huntelaar).

Brasil: Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos (Gilberto); Gilberto Silva, Felipe Melo, Daniel Alves e Kaká; Robinho e Luis Fabiano (Nilmar).

Uruguai avança em jogo emocionante

Vitória nos pênaltis recolocou a bicampeã Celeste nas semifinais após 40 anos.

Sem dúvidas o jogo mais emocionante da Copa até aqui. No palco da final, o Soccer City, em Joanesburgo, Uruguai e Gana faziam um jogo normal até o último minuto da prorrogação, quando a partida tomou outra dimensão. No fim, após empate em 1 a 1 no tempo normal, o Uruguai venceu por 4 a 2 nos pênaltis e voltou a se classificar para uma semifinal de Copa, feito que não conquistava desde 1970.

O primeiro gol foi de Gana no final do primeiro tempo. Muntari chutou com efeito de fora da área e abriu o placar. Porém, logo no começo da segunda etapa, Forlán cobrou falta também com efeito e deixou tudo igual. No final da prorrogação, os uruguaios foram pressionados pelos ganeses. Resultado: pênalti para Gana no último lance da partida. Após muita confusão, o ótimo atacante Luis Suárez salvou duas vezes em cima da linha, mas só que na segunda com a mão. Expulso, o jogador ficou torcendo por um milagre: Asamoah Gyan (autor de dois gols de pênalti na Copa) errar a cobrança e levar a decisão da vaga para os pênaltis. Na cobrança, a bola explodiu no travessão. Explosão de alegria de Suárez, tristeza de Gyan, que nas oitavas contra os Estados Unidos havia feito o gol da classificação de Gana. Reviravoltas como essa, só o futebol pode nos propocionar. Emocionante.

Os ganeses foram abalados para a disputa de pênaltis e tiveram duas cobranças defendidas por Muslera, enquanto os uruguaios erraram apenas uma. Na última cobrança, Loco Abreu deu sua tradicional cavadinha e garantiu a vaga para a Celeste.

O Uruguai vai para as semifinais sabendo que fez uma campanha muito mais que esperada. Contra a Holanda, o time não terá Lugano (machucado), Suárez e Fucile (suspensos). Classificar-se para a final será muito difícil, mas o Uruguai já está de parabéns. Além de fazer uma Copa espetacular, nossos vizinhos nos proporcionam um momento que vai entrar para a história das Copas.

Já a seleção de Gana, última esperança do continente africano, se despede com muita tristeza após ficar muito perto de garantir uma vaga inédita para a África numa semifinal de Copa em plena África. O futebol africano vem em evolução, mas vai ser difícil eles terem uma chance tão boa como essa nos próximos Mundiais.

Uruguai: Muslera, Maxi Pereira, Lugano (Scotti), Victorino e Fucile; Pérez, Arévalo e Álvaro Fernández (Lodeiro); Forlán, Suárez e Cavani (Loco Abreu).

Gana: Kingson, Pantsil, Vorsah, John Mensah e Sarpei; Annan, Inkoom (Appiah), Asamoah, Kevin-Prince Boateng e Muntari (Adiyiah); Gyan.

Palpites para as quartas de final da Copa

Começam amanhã as quartas de final da Copa do Mundo 2010. Os grandes duelos desta fase serão sem dúvidas Brasil x Holanda e Argentina x Alemanha, mas os outros dois jogos também prometem. Abaixo faço uma pequena análise dos confrontos:

Em 94 deu Brasil! E agora?

Holanda x Brasil (Sexta-feira, 11h, Porto Elizabeth)
Mais um jogão entre essas duas seleções que já se enfrentaram três vezes em Copa, com duas vitórias brasileiras (94 e 98) e uma holandesa (78). Se o Brasil quiser avançar, terá que marcar muito bem os excelentes Sneijder e Robben, pois se eles conseguirem jogar, a situação vai ficar complicada. Acredito que Dunga deverá colocar Michel Bastos e Gilberto Silva na marcação de Robben e Felipe Melo (recuperado) na caça de Sneijder. Se o nosso ponto fraco é o lado esquerdo, o deles é a defesa e com Kaká, Robinho e Luís Fabiano inspirados, quero ver os holandeses segurarem. Que o resultado de 94 e 98 se repita!
Palpite: Brasil 2-1 Holanda.

Uruguai x Gana (Sexta-feira, 15h30, Soccer City, Joanesburgo)
A Celeste renasceu das cinzas e pode voltar a disputar uma semifinal após 40 anos. Gana é a resistência africana na Copa da África. Uruguai tem mais time e vencerá.
Palpite: Uruguai 2-0 Gana.

Argentina x Alemanha (Sábado, 11h, Cidade do Cabo)
Um jogo que promete muita bola na rede. Até aqui, argentinos e alemães já anotaram 19 gols. A Argentina tem Messi, mas a Alemanha tem Özil, Schweinsteiger, Müller e Podolski. A defesa argentina já não é confiável e ainda estará desfalcada - Samuel está machucado. Por isso, aposto na Alemanha.
Palpite: Alemanha 3-1 Argentina.

Paraguai x Espanha (Sábado, 15h30, Ellis Park, Joanesburgo)
Embora esteja na torcida pelo Paraguai (entenda aqui), a Espanha é muito favorita e vence.
Palpite: Espanha 2-0 Paraguai.

Agora é sentar em frente da TV e acompanhar os jogaços!

Espanha elimina Portugal no clássico ibérico

Villa marcou mais um e garantiu a classificação.

Assim como a Holanda, a Espanha segue sem jogar o ótimo futebol que apresentou nas Eliminatórias, mas assim como a Laranja, também se classificou para as quartas de final. Nesta quinta, na Cidade do Cabo, a Fúria venceu o duelo da península ibérica contra Portugal por 1 a 0, gol de Villa - em impedimento milimétrico - na segunda etapa, após belo passe de calcanhar de Xavi. O atacante que agora pertence ao Barcelona marcou quatro dos cinco gols espanhóis na Copa e é um dos artilheiros do Mundial ao lado do argentino Higuaín e do eslovaco Vittek.

Portugal se acovardou e mereceu ser eliminado. Cristiano Ronaldo, sem um companheiro para jogar, fez uma Copa do Mundo discreta. Os únicos que jogaram bem no time português foram o goleiro Eduardo e o lateral-esquerdo Fábio Coentrão. Os lusos se despedem da Copa com apenas um gol sofrido (o de ontem) e com sete gols marcados, mas todos contra a Coreia do Norte.

Já a Espanha segue firme em busca de um título inédito, o próximo adversário será o Paraguai e não tenho dúvidas que os espanhóis se classificarão para as semifinais. O time de Vicente del Bosque é muito forte, mas poderia fazer mais gols se tivesse mais objetividade. Acredito que se a Fúria jogasse mais pelas pontas, o time jogaria melhor. Atualmente, Xavi e Iniesta não jogam nas posições que atuam no Barcelona e a dupla Villa-Torres fica muito isolada no ataque, embora Villa tenha se deslocado pelas pontas em algumas jogadas. Se eu fosse o técnico, colocaria David Silva ou Jesús Navas no time titular, deixando Torres - que faz uma péssima Copa - no banco de reservas e colocando Villa como homem de referência.

Espanha: Casillas, Sergio Ramos, Puyol, Piqué e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso (Marchena), Xavi e Iniesta; Torres (Llorente) e Villa (Pedro).

Portugal: Eduardo, Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Coentrão; Pepe (Pedro Mendes), Tiago e Raul Meireles; Simão (Liedson), Hugo Almeida (Danny) e Cristiano Ronaldo.

Paraguai vence o Japão nos pênaltis

Jogadores festejam inédita vaga nas quartas de final.

Em Pretória, Paraguai e Japão fizeram um jogo horrível no tempo normal e o resultado de 0 a 0 levou a decisão de uma vaga inédita nas quartas de final para os pênaltis. O chute de Komano no travessão garantiu a classificação aos paraguaios.

O Paraguai está de parabéns por chegar as quartas, mas não tem time para passar pela Espanha. A partida contra os japoneses serviu para confirmar que o time precisa jogar no 4-3-3 mesmo. Com a classificação do Paraguai, a América do Sul garantiu quatro vagas nas quartas de final, algo inédito na história dos Mundiais. Já o Japão se despede sabendo que fez uma boa Copa do Mundo.

Paraguai: Villar; Bonet, Da Silva, Alcaraz e Morel Rodriguez; Ortigoza (Barreto), Vera, Riveros e Benitez (Valdez); Barrios e Santa Cruz (Cardozo).

Japão: Kawashima, Komano, Nakazawa, Túlio Tanaka e Nagatomo; Abe (Nakamura), Matsui (Okazaki), Endo, Hasebe; Okubo (Tamada) e Honda.

Brasil vence fácil e pega a Holanda

Seleção eliminou o Chile com tranquilidade.

Uma vitória já esperada contra o nosso freguês Chile. No Ellis Park, em Joanesburgo, o Brasil venceu por 3 a 0 e avançou para as quartas de final.

Jogando ofensivamente, único jeito que o time de Marcelo Bielsa tinha para vencer a partida, já que sua defesa é fraca, o Chile começou melhor na partida. No entanto, a esperança chilena acabou aos 35 minutos. Juan, de cabeça, colocou o Brasil na frente. Logo depois, Kaká deixou Luís Fabiano na cara de Bravo, que driblou o goleiro e marcou seu terceiro gol na Copa. Bielsa mexeu no Chile para a segunda etapa e colocou Valdivia em campo. Porém, as substituições não tiveram efeito e o Brasil chegou ao terceiro com Robinho, após bela jogada de Ramires. O primeiro gol do atacante do Santos em Copas tinha que sair contra a sua vítima preferida. Falando em Ramires, ele tomou um cartão amarelo infantil no fim da partida e está fora do próximo jogo.

O Brasil jogou bem. Lúcio e Juan impecáveis como sempre. Maicon subiu pouco ao ataque, mas nem precisava. Michel Bastos melhorou em relação aos últimos jogos, mas ainda é o ponto fraco do time. Outro que merece elogios é Gilberto Silva, mais uma vez muito bem na marcação. Ramires e Daniel Alves deram importante movimentação no meio-campo. Kaká, Robinho e Luís Fabiano não brilharam, mas participaram diretamente de dois gols.

Agora o Brasil enfrentará a Holanda, que está 100% na Copa. Um duelo muito equilibrado de duas equipes muito fortes, onde o sistema defensivo poderá fazer a diferença. Enquanto o nosso é o melhor do mundo, o deles não é nada confiável. A Holanda irá sem desfalques, enquanto o Brasil poderá ter a ausência de Felipe Melo e Elano. Josué como titular me deixa muito preocupado.

Brasil: Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Ramires, Daniel Alves e Kaká (Kleberson); Robinho (Gilberto) e Luis Fabiano (Nilmar).

Chile: Bravo, Isla (Millar), Contreras (Rodrigo Tello), Jara e Fuentes; Carmona, Vidal e Beausejour; Sánchez, Suazo e Mark González (Valdivia).

Eficiente, Holanda elimina a Eslováquia

Ele voltou! Robben marcou o seu primeiro gol na Copa.

Em Durban, a Holanda venceu mais uma, desta vez a vítima foi a Eslováquia, derrotada por 2 a 1. O primeiro gol saiu aos 17 minutos com Robben, atuando pela primeira vez na Copa como titular. A Holanda segurou a Eslováquia, contou com boas defesas do goleiro Stekelenburg e ampliou o placar no final da partida. Kuyt passou pelo goleiro Mucha e tocou para Sneijder fazer. Nos acréscimos, o esforço eslovaco foi recompensado com um pênalti a seu favor. Na cobrança, Vittek marcou seu quarto gol na Copa, igualando Higuaín na artilharia.

A Holanda melhorou com a entrada de Robben. Ele e Sneijder podem fazer a diferença no duelo contra o Brasil. O selecionado holandês não faz uma Copa brilhante, mas mesmo assim é um time muito bom e não é a toa que venceu todos os jogos até aqui.

Holanda: Stekelenburg, Van der Wiel, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Jong e Sneijder; Kuyt, Van Persie (Huntelaar) e Robben (Elia).

Eslováquia: Mucha; Pekarik, Skrtel, Durica e Zabavnik (Jakubko): Kucka, Stoch, Weiss e Hamsik (Sapara); Jendrisek (Kopunek) e Vittek.

Duelos históricos entre Brasil e Holanda

Brasil e Holanda já se enfrentaram três vezes em Copas do Mundo. Em 74, na Alemanha, o carrossel holandês de Cruyff e companhia bateu o Brasil por 2 a 0 e mandou os atuais campeões na época para casa. Na final, a Holanda perdeu o título para a Alemanha.

Em 94 e 98, duas inesquecíveis vitórias brasileiras. Nos Estados Unidos, pelas quartas de final, o Brasil abriu 2 a 0 com Romário e Bebeto, mas permitiu o empate. A classificação para as semifinais veio numa cobrança de falta de Branco. No fim, o time de Parreira conquistou o tetra.

Na França, pelas semifinais, o Brasil saiu na frente com Ronaldo, mas a Holanda empatou com Kluivert. Na decisão por pênaltis, brilhou a estrela de Taffarel, que defendeu duas cobranças. Na final, o time comandado por Zagallo foi derrotado pelos anfitriões e deixou o grito de penta para 2002.

Alemanha e Argentina avançam

Alemães goleiam a Inglaterra

Müller (13) marcou duas vezes.

O clássico entre Alemanha e Inglaterra em Bloemfontein começou com os alemães abrindo vantagem, teve os ingleses diminuindo e sendo prejudicados pela arbitragem e terminou com goleada, 4 a 1 para a Alemanha foi o placar final.

Klose abriu o placar numa bobeira da defesa inglesa após cobrança de tiro de meta. Foi o 12º gol do atacante em Copas, igualando Pelé e ficando a três do recordista Ronaldo. Podolski ampliou. Quando o jogo tava tranquilo para os alemães, Upson colocou fogo no jogo ao descontar de cabeça. Aí veio o grande erro de arbitragem da Copa até aqui: Lampard chutou de fora da área, a bola bateu no travessão e entrou. No entanto, o árbitro uruguaio Jorge Larrionda e o seu assistente Mauricio Espinosa mandaram o jogo seguir.

O lance lembrou na hora o da final da Copa de 66, quando a Inglaterra teve um gol válidado em uma bola que não entrou. Na ocasião, a Inglaterra levou seu único título mundial na história. Justiça feita após 44 anos? Quem sabe.

O gol não marcado mudou a história do jogo. Na volta para a segunda etapa, a Inglaterra partiu para o desespero, atacou com pouca qualidade e deixou a defesa exposta. O resultado não poderia ser outro: em dois contra-ataques mortais, Müller marcou duas vezes e garantiu a classificação. Merecida, segundo os próprios jogadores do English Team.

Mas se não fosse esse erro da arbitragem, poderíamos ter a Inglaterra classificada? Pelo que a Alemanha fez durante toda a partida e pelo time muito bom que tem, acredito que não daria para os ingleses de qualquer forma.

A Inglaterra, de Terry, Ashley Cole, Lampard, Gerrard e Rooney, mas também de James, Johnson, Upson e Heskey, fica pelo caminho mais uma vez. As atuações na África do Sul foram decepcionantes para uma das equipes que eram favoritas ao título. A geração mais forte da Inglaterra desde 1966 vai terminando seu ciclo sem nenhuma conquista, uma pena.

Já a nova geração alemã segue forte na Copa em busca do tetracampeonato. A defesa é segura, o meio-campo é fantástico, sem falar do matador Klose. A Argentina é a próxima adversária, comento sobre o duelo mais abaixo.

Alemanha: Neuer, Lahm, Friedrich, Mertesacker e Boateng; Schweinsteiger, Khedira, Müller (Trochowski), Özil e Podolski (Gomez); Klose (Kiessling).

Inglaterra: James, Johnson (Wright-Phillips), Upson, Terry e Ashley Cole; Lampard, Barry, Milner (Joe Cole) e Gerrard; Defoe (Heskey) e Rooney.

Argentinos derrotam o freguês México

Tévez desencantou; Messi (ao fundo) ainda não.

No gigante Soccer City, em Joanesburgo, o México começou melhor a partida, mas também foi prejudicado pela arbitragem e acabou perdendo para a Argentina por 3 a 1. Assim como na Copa de 2006, os argentinos eliminaram os mexicanos nas oitavas de final.

Falando sobre o jogo, o México começou com tudo, Salcido chegou a meter bola na trave. No entanto, a boa partida que os mexicanos vinham fazendo acabou quando Tévez abriu o placar. Carlitos estava totalmente impedido quando tocou de cabeça para o fundo das redes. Erraço do bandeira italiano Stefano Airoldi. O erro desestabilizou os mexicanos, que acabaram tomando o segundo logo depois. Higuaín aproveitou a falha do zagueiro Osório e marcou seu quarto gol na Copa, assumindo a artilharia da competição.

Após o segundo gol, a Argentina controlou o jogo e chegou ao terceiro logo no início do segundo tempo, num chutaço de Tévez. Os mexicanos diminuíram com o jovem Hernández, mas não adiantava mais nada, Argentina classificada para as quartas de final e México eliminado nas oitavas pela quinta vez consecutiva.

O México sai de cabeça erguida, fez uma grande Copa, possui grandes talentos como Giovani dos Santos, Barrera e Hernández, que em 2014 no Brasil, podem levar o México mais longe.

A Argentina de Maradona e Messi, que esteve apagado neste domingo, terá um duro confronto pela frente. A Alemanha é muito forte no contra-ataque e a Argentina é fraca na defesa. Maradona terá muito trabalho para colocar os hermanos nas semifinais.

Argentina: Romero, Otamendi, Demichelis, Burdisso e Heinze; Mascherano, Maxi Rodríguez (Pastore) e Di Maria (Jonás Gutiérrez); Messi, Tevez (Verón) e Higuaín.

México: Perez, Juarez, Rodríguez, Osório e Salcido; Rafa Márquez, Torrado, Guardado (Franco) e Giovani dos Santos; Bautista (Barrera) e Hernández.

Duelos históricos entre Alemanha e Argentina

Alemães e argentinos já decidiram duas Copas do Mundo e duelaram também nas quartas de final da última Copa, em território germânico.

Em 86, no México, a Argentina conquistou o bicampeonato em cima da Alemanha, ao vencer por 3 a 2. Maradona era o craque daquele time, no entanto, El Pibe não marcou no duelo com os alemães. Quatro anos depois, na Itália, a Alemanha levou o tri ao derrotar os argentinos por 1 a 0 na decisão.

Em 2006, Alemanha e Argentina se enfrentaram nas quartas de final. Os argentinos saíram frente com Ayala, mas Klose deixou tudo igual. Na decisão por pênaltis, Ayala e Cambiasso tiveram seus chutes defendidos por Lehmann e a Argentina voltou mais cedo para casa. Neste ano, alemães e argentinos se enfrentaram num amistoso em Munique e deu Argentina, 1 a 0, gol de Higuaín.

E sábado, 11h, na Cidade do Cabo, quem levará a melhor? Um jogaço sem favoritos, que promete ser bastante aberto e cheio de gols. Que os corações de torcedores alemães e argentinos estejam preparados.

Começaram as oitavas de final da Copa

Dois jogos abriram a fase de oitavas de final da Copa do Mundo neste sábado. Duas partidas emocionantes, como deverá ser até o dia 11 de julho.

Uruguai volta as quartas após 40 anos

Suárez anotou os gols da classificação.

Bicampeão mundial, o Uruguai voltou a mostrar sua força em Copas do Mundo. Desde 1970, quando foi semifinalista, a Celeste não conseguia chegar tão longe. Em Porto Elizabeth, nossos vizinhos do sul derrotaram a Coreia do Sul por 2 a 1.

O Uruguai saiu na frente logo no início, o craque Forlán cruzou, nenhum sul-coreano foi na bola e Luis Suárez marcou. Na segunda etapa, o Uruguai recuou e permitiu o empate da Coreia, gol de cabeça de Lee Chung-Yong. Porém, o time acordou e Luis Suárez marcou mais um em belo chute. Foi o terceiro do excelente atacante do Ajax na competição, um dos artilheiros da Copa.

Nas quartas, o Uruguai enfrentará Gana e pelo que vem jogando, é favoritaço a uma vaga nas semifinais. A Celeste, além de ter um ataque fortíssimo, tem um meio-campo raçudo e uma defesa que também faz uma Copa muito boa. Já a aplicada Coreia do Sul está de parabéns por ter chegado as oitavas.

Uruguai: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín (Victorino) e Fucile; Pérez, Arévalo e Alvaro Pereira (Lodeiro); Forlán, Suárez (Ferrnández) e Cavani.

Coreia do Sul: Jung Sung-Ryong; Cha Du-Ri, Cho Yong-Hyung, Lee Jung-Soo e Lee Young-Pyo; Ki Sung-Yong (Yeom Ki-Hun), Kim Jung-Woo, Park Ji-Sung, Lee Chung-Yong e Kim Jae-Sung (Lee Dong Gook); Park Chu-Young.

Gana mantém a África na Copa

Gyan soltou a bomba e manteve os ganeses no Mundial.

Em Rustemburgo, Gana e Estados Unidos tiveram que disputar a prorrogação para saber quem avançaria. No fim, a vitória por 2 a 1 colocou os ganeses nas quartas de final, um feito inédito para o país que disputa sua segunda Copa do Mundo.

Assim como contra a Inglaterra e Eslovênia, os Estados Unidos saíram atrás do placar. Logo no início, Boateng teve espaço e colocou Gana na frente. Os americanos equilibraram a partida e foram contemplados com um pênalti sofrido por Dempsey na segunda etapa. Na cobrança, Donovan marcou. Com o empate no tempo normal, a partida foi para a prorrogação. E Gana novamente marcou no início, agora com Gyan, que também teve espaço para dominar e encher o pé. Na frente do placar, os ganeses seguraram o resultado e garantiram a classificação.

Agora Gana, que joga sem o seu craque Essien (machucado), tentará fazer história: buscar uma vaga nas semifinais, coisa que nenhuma seleção africana conseguiu até hoje. Chances para isso? Claro que tem, mas não acredito que passem pelo Uruguai.

Já os americanos saem com um gostinho de que poderiam ir mais longe. O time de Bob Bradley tinha jogadores melhores, jogou melhor na primeira fase, mas dormiu no início do jogo e da prorrogação deste sábado, algo que o futebol não perdoa. Além disso, também faltou ataque. Altidore, Findley, Gomez... todos horríveis! O futebol é um esporte que está se popularizando nos Estados Unidos, vamos ver como se eles se saem nos próximos anos.

Estados Unidos: Howard, Cherundolo, DeMerit, Bocanegra e Bornstein; Bradley, Clark (Edu), Dempsey e Donovan; Altidore (Gomez) e Findley (Feilhaber).

Gana: Kingson, Pantsil, John Mensah, Jonathan Mensah e Sarpei (Addy); Inkoom (Muntari), Annan e Kevin-Prince Boateng (Appiah); Asamoah, Ayew e Gyan.

Domingão com dois jogaços

As oitavas de finais seguem neste domingo. Às 11h, em Bloemfontein, um clássico do futebol mundial: Alemanha x Inglaterra. Será que o English Team se recupera na Copa diante da renovada Nationalelf? Às 15h30, no Soccer City em Joanesburgo, duelo latino-americano entre Argentina e México. Será que Messi desencanta?

Palpites: Alemanha 1-0 Inglaterra e Argentina 3-1 México.

Seleção da 1ª fase da Copa do Mundo

Deixo aqui a minha seleção desta primeira fase da Copa do Mundo de 2010.

Vamos lá, seleção no 4-5-1:

Enyeama (NIG); Lahm (ALE), Lúcio (BRA), Túlio Tanaka (JAP) e Fábio Coentrão (POR); Schweinsteiger (ALE), Honda (JAP), Messi (ARG), Özil (ALE) e Forlán (URU); Villa (ESP).

Técnico: Oscar Tabarez (Uruguai).

Melhor jogador: Özil (Alemanha).

Concorda, discorda? Faça a sua também!

Brasil empata com Portugal e fica em primeiro

Lúcio foi um dos poucos que se salvaram na fraca partida.

A atuação do Brasil contra Portugal em Durban nesta sexta-feira preocupa. O placar de 0 a 0 foi o resultado mais justo de um jogo fraco, com apenas duas grandes chances de gol e muito violento na primeira etapa.

Vamos a algumas conclusões após esta partida:

* Maicon, Lúcio e Juan foram mais uma vez muito bem, embora algumas vezes deram espaço para o contra-ataque português.
* Michel Bastos está fazendo uma péssima Copa do Mundo (esperado, já que ele não é lateral-esquerdo no Lyon) e é o ponto fraco do time.
* Os reservas que entraram (Daniel Alves e principalmente Júlio Baptista) não deram conta do recado.
* Kaká (suspenso), Elano (machucado) e Robinho (poupado) fizeram muita falta.
* Por incrível que pareça, depois que Felipe Melo saiu, o meio-campo piorou. Mas Dunga fez certo ao tirá-lo, já que provavelmente iria ser expulso na etapa final. Felipe Melo saiu machucado e não deve jogar na segunda-feira contra o Chile. Colocaria Ramires em seu lugar, mas deve entrar Josué.
* Nilmar foi bem no primeiro tempo e quase marcou um, mas assim como toda a equipe, caiu na segunda etapa.
* Luís Fabiano, sem Robinho e Kaká ao seu lado, foi mal. Grafite, que entrou em seu lugar, teve pouco tempo para mostrar seu futebol.

Os comandados de Dunga conseguiram alcançar mais um objetivo, o primeiro lugar do grupo que era considerado o mais difícil da Copa. No entanto, o time segue sem inspirar muita confiança. Quem sabe contra o nosso freguês Chile, nas oitavas de final, uma vitória convincente acenda novamente as esperanças do torcedor brasileiro na busca do hexacampeonato. Se passar (tem a obrigação de passar), o Brasil deverá pegar a fortíssima Holanda nas quartas de final.

Enquanto isso, Portugal terá pela frente a Espanha num duelo de vizinhos europeus. O time tem bons jogadores, mas para avançar, Cristiano Ronaldo terá que desequilibrar, coisa que até agora não fez na Copa.

Portugal: Eduardo, Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Fábio Coentrão; Pepe (Pedro Mendes), Tiago, Danny, Raul Meireles (Miguel Veloso) e Duda (Simão); Cristiano Ronaldo.

Brasil: Julio Cesar, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo (Josué), Daniel Alves e Julio Baptista (Ramires); Nilmar e Luis Fabiano (Grafite).

Costa do Marfim se despede com vitória

Marfinenses golearam a Coréia do Norte.

No outro jogo do Grupo G, em Nelspruit, a Costa do Marfim venceu a Coréia do Norte por 3 a 0. Os gols foram anotados por Yaya Touré e Romaric na primeira etapa e por Kalou na segunda. Assim como em 2006, os marfinenses caíram em um grupo muito forte e foram eliminados mais uma vez na primeira fase. Já os norte-coreanos se despedem com a pior campanha da Copa, com nenhum ponto somado, um gol marcado (contra o Brasil) e 12 gols sofridos.

Coréia do Norte: Ri Myong-Guk, Cha Jong-Hyok, Pak Chol-Jin, Ri Jun-II, Ji Yun-Nam e Ri Kwang-Chon; An Yong-Hak, Pak Nam-Chol, Hong Yong-Jo e Mun In-Guk (Choe Kum-Chol); Jong Tae-Se.

Costa do Marfim: Barry, Eboué, Kolo Touré, Zokora e Boka; Yaya Touré, Romaric (Doumbia) e Tioté; Keita (Kalou), Gervinho (Dindane) e Drogba.

Espanha vence o Chile, mas ambos se classificam

Villa comemora seu terceiro gol na Copa; é um dos artilheiros do Mundial.

A Espanha conseguiu se recuperar no Grupo H da Copa do Mundo e na última rodada derrotou o Chile por 2 a 1, em Pretória, garantindo a liderança da chave com seis pontos, mesma pontuação dos chilenos, que terminaram em segundo.

Villa abriu o placar numa saída errada do goleiro Bravo, marcando seu terceiro gol na Copa, dividindo a artilharia da Copa com o argentino Higuaín e o eslovaco Vittek. Ainda na primeira etapa, Iniesta ampliou. No lance, o árbitro mexicano Marco Rodríguez expulsou o meia Estrada alegando um toque por trás do jogador em cima de Torres. No entanto, Estrada nem escostou em Torres, expulsão totalmente injusta. Logo no início do segundo tempo, Millar descontou. Com o resultado favorecendo as duas equipes, ambos não arriscaram e ficaram nisso mesmo.

A Espanha conseguiu se livrar do Brasil já nas oitavas e enfrentará Portugal. A Fúria ainda não jogou o esperado, mas é favorita no duelo com os portugueses. Já o ofensivo time do Chile, de "El Loco" Bielsa, terá o Brasil pela frente. A defesa, que já é fraca, vai desfalcada para o jogo, já que Medel, Ponce e Estrada foram suspensos. Para se classificar, os chilenos terão que furar a forte defesa brasileira, porque se depender da sua defesa, vão levar chocolate.

Chile: Bravo, Isla, Medel, Ponce e Jara; Vidal, Estrada, Beausejour e Sánchez (Orellana); Valdivia (Paredes) e González (Millar).

Espanha: Casillas, Sergio Ramos, Piqué, Puyol e Capdevila; Xabi Alonso (Martinez), Busquets, Xavi e Iniesta; David Villa e Fernando Torres (Fábregas).

Suíça não consegue vencer Honduras e está fora

Suíços lamentam eliminação.

Em Bloemfontein, a Suíça decepcionou. Precisando da vitória, o time de Ottmar Hitzfeld não conseguiu marcar gols na fraca seleção de Honduras e o jogo ficou no 0 a 0, sendo que as melhores chances foram dos hondurenhos nos contra-ataques. Com isso, os suíços morreram abraçados com os hondurenhos.

Suíça: Benaglio, Lichtsteiner, Von Bergen, Grichting e Ziegler; Inler, Huggel (Shaqiri), Gelson Fernandes (Yakin) e Barnetta; Nkufo (Frei) e Derdiyok.

Honduras: Valladares, Sabillón, Chávez, Bernárdez e Figueroa; Wilson Palácios, Thomas, Ramón Núñez (Walter Martinez) e Edgar Alvarez; Jerry Palácios (Welcome) e David Suazo (Turcios).

Itália está eliminada da Copa!

Capitão do tetra em 2006, Cannavaro saiu chorando.

Atual campeã, a Itália repetiu o fiasco da França, atual vice, e está fora da Copa do Mundo de 2010 já na primeira fase. Sem vencer nenhum jogo e na lanterna do Grupo F, a Azurra encerrou sua lamentável participação ao ser derrotada pela Eslováquia por 3 a 2, no Ellis Park, em Joanesburgo.

A partida foi emocionante. Os eslovacos saíram na frente aos 24 minutos com Vittek, após falha de De Rossi na saída de bola. No segundo tempo, a Itália quase empatou aos 21, mas Skrtel tirou o chute de Quagliarella em cima da linha. Aos 28, Vittek marcou o segundo dele e ampliou para a Eslováquia. Jogo decidido? Nada disso. Di Natale descontou aos 35 no rebote do goleiro Mucha. Quagliarella, o único italiano que teve uma atuação decente, empatou aos 39, mas o atacante estava impedido e o gol foi anulado. Kopunek, que havia acabado de entrar, marcou o terceiro gol eslovaco aos 43, após passe de cobrança de lateral, comprovando a fragilidade da defesa italiana. Agora sim, jogo decidido? Nada disso de novo. Aos 46, Quagliarella tocou por cobertura e marcou um golaço. A Itália tinha dois minutos para marcar um gol e se classificar, mas Pepe mandou para fora a última chance.

Particulamente, esperava a Itália pelo menos nas oitavas de final. A campanha foi vexatória, empates com o Paraguai e com a NOVA ZELÂNDIA e derrota para a ESLOVÁQUIA. Enfim, uma Copa para o torcedor italiano esquecer. O time deste Mundial tinha vários jogadores da última Copa, em que a Itália ganhou com pura sorte. Tava na cara que um time com jogadores velhos como Zambrotta, Cannavaro e Gattuso e ruins como Pepe e Iaquinta não iria dar certo. Marcelo Lippi errou ao não convocar jogadores como Totti, Cassano e Miccoli, errou ao deixar Pazzini no banco, enfim, o técnico italiano foi o grande culpado por este desastre. Agora Cesare Prandelli é quem terá a missão de reerguer a gigante azurra, vamos ver do que ele é capaz. Ao contrário do que muitos pensam, a Itália tem sim bons talentos e pode voltar muito forte para a Copa de 2014 aqui no Brasil. Vamos aguardar.

Já a Eslováquia se classificou, acredito eu, na incompetência dos adversários. Vittek, autor de três dos quatro gols eslovacos até aqui, tem carregado o time nas costas. Outro que merece ser citado é Hamsik, grande destaque da equipe, que após duas partidas fracas, foi muito bem hoje. A Eslováquia, em sua primeira participação em Copa como nação participante, tem que comemorar muito por estar nas oitavas de final, até porque terá pela frente a Holanda e não deverá conseguir outra vitória histórica.

Eslováquia: Mucha, Pekarik, Skrtel, Durica e Zabavnik; Strba (Kopunek), Kucka, Stoch e Hamsik; Jendrisek (Petras) e Vittek (Sestak).

Itália: Marchetti; Zambrotta, Chiellini, Cannavaro e Criscito (Maggio); Montolivo (Pirlo), Gattuso (Quagliarella) e De Rossi; Pepe, Iaquinta e Di Natale.

Paraguai empata com a Nova Zelândia e termina na ponta

Empate em 0 a 0 eliminou os neozelandeses.

Num jogo fraco na cidade de Polokwane, Paraguai e Nova Zelândia ficaram no 0 a 0, resultado que deixou as duas equipes invictas ao final da primeira fase. Com cinco pontos, o Paraguai avançou como primeiro do grupo F. Já os neozelandeses totalizaram três empates e caíram fora, mas fizeram história, terminaram na frente da Itália!

Nas oitavas, o Paraguai enfrentará o Japão num duelo sem favoritos, onde terão que brilhar as estrelas do trio de ataque formado por Santa Cruz, Valdez e Barrios, que até aqui não jogaram o esperado.

Paraguai: Villar, Caniza, Julio Cesar Caceres, Da Silva e Morel Rodriguez; Victor Cáceres, Riveros e Vera; Santa Cruz, Valdez (Benitez) e Cardozo (Barrios).

Nova Zelândia: Paston, Reid, Nelsen e Smith; Elliott, Vicelich, Bertos e Lochhead; Killen (Brockie), Smith e Fallon (Wood).

Japão vence a Dinamarca e está nas oitavas

Honda foi decisivo mais uma vez.

Autor do gol da vitória contra Camarões, o meia Honda foi mais uma vez decisivo para o Japão. Desta vez, ele ajudou a equipe a bater a Dinamarca por 3 a 1, em Rustemburgo, classificando os japoneses para as oitavas e eliminando os dinamarqueses.

Honda marcou o primeiro gol da partida aos 17 minutos em cobrança de falta. Endo, aos 29, ampliou novamente em cobrança de falta. Precisando virar, a Dinamarca voltou com tudo para o segundo tempo, meteu bola na trave e conseguiu o seu gol aos 35. Agger caiu na área, o árbitro deu pênalti e na cobrança, Tomasson perdeu, mas no rebote marcou. No entanto, o Japão garantiu a vaga aos 42, Honda deu um drible espetacular em Simon Poulsen e deixou Okazaki na cara do gol para marcar.

O Japão mereceu demais essa vaga. Possui uma defesa sólida e bons jogadores no meio de campo que partem pra cima. Agora os Samurais enfrentarão o Paraguai. Como falei acima, é um duelo sem favoritos, onde ambos podem sonhar com uma vaga nas quartas de final, o que seria um feito inédito para as duas seleções.

Dinamarca: Sorensen, Jacobsen, Agger, Kroldrup (Larsen) e Simon Poulsen; Christian Poulsen, Jorgensen e Kahlenberg (Eriksen);  Rommedahl, Tomasson e Bendtner.

Japão: Kawashima, Komano, Nakazawa, Tulio Tanaka e Nagatomo; Abe, Matsui (Okazaki), Endo (Inamoto) e Hasebe; Honda e Okubo (Konno).

Holanda termina a primeira fase com 100%

De volta após contusão, Robben quase deixou o dele.

Na Cidade do Cabo, a Holanda venceu Camarões por 2 a 1 e mesmo sem encantar, garantiu a liderança do Grupo E com três vitórias. Já os camaroneses encerraram sua péssima participação sem marcar pontos. Depois da partida, o técnico Paul Le Guen pediu demissão.

Após boa jogada, Van Persie abriu o placar aos 35 minutos. Na segunda etapa, Camarões conseguiu empatar aos 19, com Eto'o cobrando pênalti cometido por Van der Vaart, que colocou a mão na bola. Voltando de contusão, Robben estreou na Copa aos 28 minutos e dez minutos depois acertou a trave, no rebote Huntelaar garantiu a vitória holandesa.

Com Robben no time titular, a tendência é que a Holanda melhore no mata-mata. Nas oitavas, a Laranja enfrentará a Eslováquia e entra como favorita, até porque tem muito mais time. Se passar, poderemos ter um confronto entre holandeses e brasileiros. É esperar para ver se esse duelo se confirma.

Camarões: Souleymanou, Assou-Ekotto, Nkoulou (Rigobert Song), Mbia e Geremi; Nguemo, Chedjou, Bong (Aboubakar) e Makoun; Eto'o e Choupo-Moting (Idrissou).

Holanda: Stekelenburg, Boulahrouz, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; De Jong, Van Bommel e Sneijder; Van der Vaart (Robben), Van Persie (Huntelaar) e Kuyt (Elia).

Alemanha e Inglaterra fazem clássico já nas oitavas

Definidas mais duas oitavas de final da Copa do Mundo, Alemanha x Inglaterra e Estados Unidos x Gana. Quem vencer o grande duelo entre alemães e ingleses enfrentará Argentina ou México. Já do outro lado da chave, quem passar entre norte-americanos e ganeses terá pela frente Uruguai ou Coréia do Sul.

Inglaterra vence, mas termina em segundo

Titular pela primeira vez na Copa, Defoe marcou o gol da vitória.

Com um gol de Defoe, aos 22 minutos, a Inglaterra venceu a Eslovênia por 1 a 0, em Porto Elizabeth, e garantiu a sua vaga nas oitavas de final. Rooney ainda meteu uma bola na trave na segunda etapa. Os eslovenos também estavam se classificando, mas com o gol dos Estados Unidos no final, ficaram pelo caminho (escrevo mais sobre isso abaixo).

Gostei bastante da atuação do Defoe, muito superior ao fraquíssimo Heskey. No entanto, o English Team segue sem jogar bem, nesta quarta até deu uma melhorada, mas ainda está abaixo do esperado. Pela frente, os ingleses terão a Alemanha e para passar, precisarão melhorar muita coisa, principalmente na criação de jogadas.

Eslovênia: Handanovic, Brecko, Cesar, Suler e Jokic; Kirm (Matavz), Koren, Radosavjevic e Birsa; Ljubijankic (Dedic) e Novakovic.

Inglaterra: James, Johnson, Upson, Terry e Ashley Cole; Barry, Milner, Lampard e Gerrard; Rooney (Joe Cole) e Defoe (Heskey).

Estados Unidos garante vaga nos acréscimos

Muita festa dos americanos após o gol salvador de Donovan.

A outra vaga do Grupo C ficou com os Estados Unidos, que venceram a Argélia por 1 a 0, em Pretória, com um gol salvador de Donovan, aos 45 minutos do segundo tempo, em um contra-ataque mortal. A Argélia até meteu uma bola na trave no início, mas saiu da Copa sem nenhum gol marcado.

Mesmo perdendo vários gols, os americanos mereciam a classificação, jogaram melhor que os eslovenos, argelinos e até mesmo que os ingleses. No fim, os ianques garantiram o primeiro lugar da chave e terão pela frente Gana. Se avançarem (são favoritos no duelo com os africanos), pegarão Uruguai ou Coréia do Sul nas quartas. O que eu acho? Os Estados Unidos tem reais chances de chegar a uma semifinal. Quem diria, quem diria!

Estados Unidos: Howard, Cherundolo, Demerit, Bocanegra e Bornstein (Beasley); Bradley, Edu (Buddle), Dempsey e Donovan; Altidore e Gomez (Feilhaber).

Argélia: M'bolhi, Bougherra, Halliche e Yahia; Yebda, Lacen, Kadir e Belhadj; Matmour (Saifi), Ziani (Guedioura) e Djebbour (Ghezzal).

Alemanha vence Gana e termina na liderança

Özil fez um golaço e definiu a vitória.

No Soccer City, a Alemanha venceu Gana por 1 a 0 num jogo bem movimentado. No fim, o resultado garantiu ambos nas oitavas de final, com os alemães em primeiro e os ganeses como única seleção africana a avançar, repetindo o feito de 2006. O único gol da partida foi marcado por Özil, aos 14 minutos da etapa final, num belíssimo chute de fora da área.

Agora a Alemanha, que terminou a primeira fase com seis pontos, terá pela frente a Inglaterra. Até agora, os germânicos jogaram melhor do que os ingleses, mas será um duelo de duas grandes seleções e tudo pode acontecer.

Já esse time de Gana se classificou na incompetência dos adversários. Marcou apenas dois gols até aqui, ambos de pênalti. Será uma zebra se passarem dos Estados Unidos.

Gana: Kingson, Panstsil, Jonathan Mensah, John Mensah e Sarpei; Annan, Asamoah, Kevin-Prince Boateng, Ayew (Adiyiah) e Tagoe (Muntari); Gyan (Amoah).

Alemanha: Neuer, Boateng (Jansen), Friedrich, Metersacker e Lahm; Khedira, Schweinsteiger (Kroos), Müller (Trochowski), Özil e Podolski; Cacau.

Sérvia perde da Austrália e está eliminada

Craque do time, Cahill deixou o dele.

No outro jogo do Grupo D, em Nelspruit, Austrália e Sérvia fizeram um bom jogo, mas no fim, o placar de 2 a 1 para os australianos eliminou os dois times da competição. Após perder várias oportunidades na primeira etapa, os sérvios foram castigados aos 24 minutos da etapa final, quando Cahill cabeceou para o fundo das redes. Logo depois, aos 28, Holman ampliou chutando de fora da área. Naquela altura, a Austrália precisava de mais dois gols para avançar. No entanto, aos 39, após chute de Tosic, o goleiro Schwarzer (que fez boas defesas) soltou a bola nos pés de Pantelic, que apagou as chances australianas e acendeu as chances sérvias. Precisando do empate para avançar, a Sérvia não conseguiu o gol da classificação e ficou pelo caminho. Festa de Gana.

Uma seleção com bons jogadores, que conseguiu derrotar a Alemanha, mas que pipocou na hora decisiva, essa é a Sérvia, país herdeiro da ex-Ioguslávia, que também sempre revelou bons talentos, mas que nunca conseguiu nada. O que acontece com esse time?

Já a Austrália, se não tivesse tomado aquela goleada da Alemanha na estreia, poderia agora estar comemorando a classificação. Pelo menos saíram de cabeça erguida.

Austrália: Schwarzer, Wilkshire (Garcia), Neill, Beauchamp e Carney; Culina, Valeri (Holman), Emerton, Cahill e Bresciano (Chipperfield); Kennedy.

Sérvia: Stojkovic, Ivanovic, Lukovic, Vidic e Obradovic; Kuzmanovic (Lazovic), Ninkovic, Stankovic, Krasic (Tosic) e Jovanovic; Zigic (Pantelic).

Duelos históricos entre Alemanha e Inglaterra

Domingo, 11h, em Bloemfontein, teremos mais um Alemanha x Inglaterra. Quatro jogos se destacam no histórico de partidas entre essas duas grandes seleções. Na Copa de 66, a Inglaterra conseguiu o seu único título mundial em cima dos alemães, ao vencer por 4 a 2, em Wembley. O duelo também ficou marcado por um erro da arbitragem a favor dos ingleses que mudou o rumo da partida: no terceiro gol da Inglaterra, a bola não passou a linha, mas o árbitro validou o gol.

No entanto, a vingança viria quatro anos depois, na Copa de 70 no México. Nas quartas de finais, a Alemanha venceu a Inglaterra por 3 a 2. Na Copa de 90, na Itália, a Alemanha derrotou os ingleses nas semifinais, após disputa de pênaltis. Na final, os alemães se sagraram tricampeões mundiais ao baterem a Argentina.

Na Eurocopa de 96, em pleno território inglês, a Alemanha novamente derrotou a Inglaterra em uma semifinal e novamente nos pênaltis. Mais tarde, os germânicos também conseguiram mais um tricampeonato, desta vez o continental, ao derrotar a República Tcheca.

E agora, quem levará a melhor? Torcerei para a Alemanha, terra dos meus antepassados.

Uruguai, México e Coréia do Sul se classificam para as oitavas

Começou nesta terça-feira a última rodada da primeira fase da Copa do Mundo. No Grupo A, Uruguai e México confirmaram suas classificações. No Grupo B, a Coréia do Sul garantiu a segunda vaga, juntando-se a Argentina. Uruguai x Coréia do Sul, Argentina x México, estão definidas duas oitavas de finais.

Uruguai garante a liderança do Grupo A

Suárez marcou o gol da vitória.

Ao contrário do que muita gente imaginava, Uruguai e México não fizeram um jogo de compadres. Mesmo assim, o resultado final de 1 a 0 para os uruguaios classificou as duas equipes. O único gol da partida realizada no estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo, foi marcado pelo atacante Suárez de cabeça, aos 43 minutos. Antes, aos 21, Guardado quase marcou para o México, mas a bola explodiu no travessão.

O Uruguai, que não tomou nenhum gol nesta primeira fase, volta as oitavas de final após 20 anos. Na próxima fase, a Celeste terá pela frente a Coréia do Sul e é favorita. A mudança de posição de Forlán foi um fator determinante para o sucesso do Uruguai, agora ele joga mais atrás, servindo muito bem a dupla Suárez e Cavani.

Já o México não conseguiu fugir da Argentina e tentará conseguir um resultado diferente da última Copa, quando foi eliminado pelos hermanos também nas oitavas de final. Deverá ficar pelo caminho mais uma vez.

México: Perez, Osorio, Moreno (Castro), Rodríguez e Salcido; Rafa Márquez, Guardado (Barrera) e Torrado; Giovani dos Santos, Franco e Blanco (Hernandez).

Uruguai: Muslera; Lugano, Victorino e Fucile; Maxi Pereira, Arévalo, Pérez e Álvaro Pereira (Scotti); Forlán, Suárez (Alvaro Fernandez) e Cavani.

África do Sul se despede com vitória

Sul-africanos saíram aplaudidos.

O que era praticamente impossível virou possível quando a África do Sul fez 2 a 0 na França, no entanto, os outros gols não vieram e no fim, o placar de 2 a 1, no Free State, em Bloemfontein, confirmou a eliminação dos dois times. Os sul-africanos foram para o intervalo vencendo e com um jogador a mais (Gourcuff foi expulso), gols de Khumalo de cabeça aos 21 e de Mphela aos 37. Enquanto isso, o México perdia para o Uruguai e a África precisava de mais dois gols. Porém, o sonho acabou aos 24 do segundo tempo, quando Malouda recebeu de Ribery e marcou o único gol da França no Mundial.

Mesmo sendo a primeira seleção sede eliminada na primeira fase, a África do Sul está de parabéns pela campanha, porque mesmo com um time fraquíssimo, não se classificou apenas pelo saldo de gols. Já a França foi um fiasco, o time já não era aquilo tudo e ainda manteram Domenech no comando, enfim, um fiasco esperado dos atuais vice-campeões mundiais.

França: Lloris, Sagna, Gallas, Squillaci e Clichy; Diarra (Govou), Diaby, Ribéry e Gourcuff; Gignac (Malouda) e Cissé (Henry).

África do Sul: Josephs, Ngcongca (Gaxa), Mokoena, Khumalo e Masilela; Sibaya, Khuboni (Modise), Pienaar e Tshabalala; Mphela e Parker (Nomvethe).

Argentina 100%

Palermo comemora seu primeiro gol em Copas.

Com apenas quatro titulares em campo, a Argentina venceu a Grécia por 2 a 0, no estádio Peter Mokaba, em Polokwane e terminou a primeira fase com três vitórias. Messi, capitão do time na partida, teve mais uma boa atuação, mas parou na trave e no goleiro Tzorvas, mantendo o jejum de gols no Mundial. Os gols do jogo saíram apenas no final, marcados pelo criticado zagueiro Demichelis, aos 32 e pelo lendário atacante Palermo, aos 43. Aos 36 anos, esta é a primeira Copa de Palermo e quando fez o gol, estava apenas a dez minutos em campo num Mundial.

A Argentina de Maradona se recuperou das péssimas Eliminatórias e se tornou uma das grandes favoritas ao título. No entanto, a defesa ainda preocupa. Nas oitavas, os hermanos pegam o México, adversário difícil, promete ser um bom jogo. Não acho que vai dar zebra, Messi e companhia passam para as quartas.

Grécia: Tzorvas, Kyrgiakos, Vyntra, Papadopoulos e Torosidis (Patsa); Moras, Tziolis, Sokratis, Karagounis (Spyropoulos) e Katsouranis (Ninis); Samaras.

Argentina: Romero, Burdisso, Otamendi, Demichelis e Clemente Rodriguez; Bolatti, Verón e Máxi Rodriguez (Di Maria); Messi, Agüero (Pastore) e Milito (Palermo).

Coréia do Sul avança após jogo emocionante

Sul-coreanos empataram com a Nigéria em 2 a 2.

No outro jogo do Grupo B, um duelo de muitas emoções em Durban, no estádio Moses Mabhida. No fim, o empate em 2 a 2 entre Nigéria e Coréia do Sul classificou os sul-coreanos para as oitavas de final. Os nigerianos saíram na frente aos 12 minutos com Uche. Os sul-coreanos empataram aos 38 com Lee Jung-Soo. A virada dos asiáticos saiu logo aos três minutos da etapa complementar, com Park Chu-Young cobrando falta. Aos 20, Yakubu, de baixo da trave, perdeu um gol incrível. Quatro minutos depois, Kim Nam-Il cometeu um pênalti bisonho. Na cobrança, o mesmo Yakubu fez o gol de empate. Com a derrota da Grécia, a Nigéria precisava de um simples gol para se classificar, mas ele não saiu e aquele gol perdido de Yakubu fez muita falta.

Com quatro pontos, a Coréia do Sul terminou a primeira fase em segundo. A Grécia ficou com três e a Nigéria com apenas um. A Coréia agora terá pela frente o Uruguai nas oitavas de final. É um time que estreiou muito bem, bobeou contra a Argentina e segurou bem a Nigéria. Se não repetir a atuação que teve contra os argentinos, os sul-coreanos podem brigar por uma vaga nas quartas, mas meu palpite é Uruguai!

Já Nigéria e Grécia, as equipes eliminadas, deixaram muito a desejar. Os nigerianos por errarem muito e os gregos por terem medo de atacar.

Nigéria: Enyeama; Odiah, Yobo (Echiejile), Shittu e Afolabi; Ayila e Etuhu; Obasi, Kanu (Martins) e Uche; Yakubu (Obinna).

Coréia do Sul: Jung Sung-Ryong; Cha Du-Ri, Lee Jung-Soo (Kim Nam-Il), Cho Yong-Hyung e Lee Young-Pyo; Kim Jung-Woo e Ki Sung-Yong (Kim Jae-Sung); Lee Chung-Yong e Park Ji-Sung; Park Chu-Young (Kim Dong-Jin) e Yeom Ki-Hun.

Espanha se recupera e vence Honduras

Villa marcou os dois gols da partida.

Após estrear com derrota para a Suíça, a Espanha se recuperou na Copa do Mundo e venceu Honduras por 2 a 0 nesta segunda no Ellis Park, em Joanesburgo, num jogo tranquilo para os espanhois. Os dois gols foram marcados pelo atacante David Villa, aos 16 minutos do primeiro tempo e aos cinco do segundo, sendo o primeiro um golaço. O jogador que defenderá o Barcelona na próxima temporada ainda desperdiçou um pênalti. A Espanha poderia ter goleado, mas Fernando Torres não estava inspirado e Villa também perdeu gols. Junto com Villa, os destaques do jogo foram Sérgio Ramos e Xavi.

A Espanha jogou bem, mas não podemos esquecer que do outro lado estava a fraquíssima seleção de Honduras, que veio a Copa apenas para passear. A Fúria, que encara na última rodada o Chile e precisa da vitória para se classificar, pode chegar longe na Copa, mas para isso terá que melhorar nas finalizações, se não pode ficar pelo caminho já na sexta-feira.

Espanha: Casillas, Sergio Ramos (Arbeloa), Puyol, Piqué e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso, Jesús Navas e Xavi (Fabregas); Torres (Mata) e Villa.

Honduras: Valladares, Mendoza, Chávez, Figueroa e Izaguirre; Wilson Palacios, Guevarra, Turcios (Nuñez), Martinez e Espinoza (Welcome); Suazo (Jerry Palacios).

Chile fura a defesa suíça

Vitória coloca os chilenos na liderança do Grupo H.

No estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth, o Chile conseguiu furar a defesa da Suíça e venceu por 1 a 0, gol de Mark González aos 29 minutos do segundo tempo. Os suíços não tomavam um gol em Copas a 559 minutos (cinco partidas e uma prorrogação), um recorde.

O Chile dominou as ações ofensivas desde o início. A situação melhorou aos 30 minutos, quando Behrami acertou duas cotoveladas em Beausejour e Vidal. Os chilenos marcaram aos três da etapa final com Sánchez, mas González, que participou do lance, estava impedido. Após o gol do mesmo González, os chilenos quase ampliaram com Paredes em duas oportunidades. A grande chance do jogo foi a de Derdiyok, aos 44, mas o atacante suíço mandou para fora a chance do empate.

Vitória importante do Chile, que agora soma seis pontos, na liderança do Grupo H. No entanto, o time corre sério risco de cair fora. Na última rodada, os comandados de Marcelo Bielsa terão pela frente a favorita Espanha e precisam pelo menos de um empate para se classificar. Em caso de derrota, os chilenos terão que torcer contra a Suíça, que enfrentará a fraca Honduras e também pode chegar aos seis pontos. Se o Chile tivesse goleado Honduras, poderia estar em situação mais tranquila.

Chile: Bravo, Medel, Carmona e Ponce; Isla, Vidal (González), Fernández (Paredes) e Jara; Sánchez, Beausejour e Suazo (Valdivia).

Suíça: Benaglio, Lichtsteiner, Von Bergen, Grichting e Ziegler; Inler, Huggel, Behrami e Fernandes (Bunjaku); Nkufo (Derdiyok) e Frei (Barnetta).